Una Salus Victus Revisitado

terça-feira, abril 18, 2006

Paixão criogénicamente conservada

A minha paixão, como meu próprio ser, encontram-se criogénicamente conservados.

Para todos os efeitos... Sim, estou congelado!

Mas envelheço!

Os cabelos brancos teimam em surgir.

Brinco muitas vezes com a minha situação de (des)amor: “A ausência de namorada deixa-me muito tempo.”

Para quê?

Só penso em trabalhar e quando chego ao trabalho só me apetece fazer quaisquer outras coisas que não trabalho!

Assim é difícil...sobretudo porque tenho de o fazer.

Por outro lado quero ter mais na minha vida, que viver este amorfismo congelado.

Não sei o que fazer, se não continuar a tentar quebrar esta muralha que me rodeia e esta má sorte ou pobre capacidade de escolha!

Continuar a ter fé num desfecho que só parte dos meus sonhos...e que só neles surge?

E no entanto não estou infeliz!

Também não estou feliz!

Estou apenas sem esperança...

Acham um pensamento negativo?

Eu trabalho num sítio que não gosto, a fazer algo que detesto.

Não tenho ninguém para partilhar bons e maus momentos (sem contar com os meus amigos, que têm a sua vida).

Para partilhar o Sol ou a Lua.

Para ouvir as ondas amar a praia...

Sentir o vento afagar a face...

Nada disso faz parte da minha vida presente.


E eu quero tanto que faça!