Una Salus Victus Revisitado

domingo, fevereiro 19, 2006

Um Encontro na FNAC! ou Como não fazer certas coisas!

Os meus amigos já me chamaram FnacMan...tanto era o tempo que lá passava!

E sobretudo pela minha preferência por adquirir produtos lá (independentemente de a razão ser conseguir compra-los por um preço melhor).

Até quando estive em França fui à Fnac comprar coisas... !

Mas agora a minha senda, tem essencialmente a ver com a aquisição de coisas para a minha Casa (sim, comprei uma casa! Yes!)

E assim vou procurando determinados elementos tecnológicos referentes a hi-fi e outras coisas...na Fnac ( e também noutras lojas menos badaladas...mas não digam a ninguém).

Numa dessas viagens à Fnac, encontrei algo que não esperava.

E que não se podia adquirir com dinheiro!

Uma Mulher! Menina e Moça! Ela tinha e tem um nome bonito, de quatro letras, começado por I acabado em S. (Marklice aguda)

Quando fui atendido... por ela, por algum motivo...as coisas não correram mal correram pessimamente....e ela enganara-se imediatamente com a pessoa que assistira antes...

Terá sido por me ter visto? – Pensei eu, com o ego a crescer a olhos vistos–

Nã!.... foi um Honest Mistake...mas fez-me reparar nela!

Por algum motivo fiquei com ela no pensamento.

E até fixei o nome (graças aos “Name tags”, que todos os que têm contacto com o público são obrigados a usar.)

Dias depois, ainda com a menina na mente acabei por ter de ir à Fnac novamente, agora já para comprar uma prenda para um grande amiga que faz anos em breve.

E lá comprei o livro!

Não é que lá estava ela outra vez...

E sou novamente atendido por ela...

Após o atendimento, estupidamente ou não - disse para comigo:

– Devia ter dito alguma coisa, algum piropo não piroso (se existir)...

Mas não!

Mas o facto mais interessante é que as coisas para ela, voltaram a não ser muito lineares pois enganou-se outra vez....

Ela enervava-se na minha presença, ficava desconcentrada...(Julgo eu, ou julgava!)

Ou seja, havia alguma coisa! (pensei abonatóriamente para a minha pessoa)

Mas tarde demais...fui dar uma volta!

Fui fazer algumas comprinhas noutras lojas e mais ou menos uma hora depois...

Cometo um grande erro
Volto à Fnac...

E lá continuava ela....no mesmo sitio. (Dah...)

Decido comprar alguma coisa... Baratucha, mas que até seja útil. E tentar fazer o que não fiz antes...

Estabelecer contacto!

O resultado é que tenho uma coisa até util... Mas que nunca me ocorreria comprar sem precisar, embora tenha algumas coisas, digamos interessantes! (o que vale é que foi barato!)

E novamente nada...engasguei-me!

Nada disse!

Começa a ficar notória a minha falta de experiência nesta coisas...e de calo...

Sobretudo para levar negas!

Pois o meu maior medo, era levar uma nega (o que racional e estatisticamente era o mais provável).

Mas era tarde...

Estava com fome...

Fui lanchar...

Disse para comigo: Se não fizeres vais arrepepender-te!!! Se ela lá estiver tens de fazer algo!

Escrevi o meu nome num papel, juntamente com o meu número de telemóvel.

A intenção era clara!

Dar-lhe o papel e leva-la a telefonar-me!

( Por favor! Eu sei que parece uma coisa, ou saída da primária ou de um filme dos anos quarenta, mas tendo em conta que esta deve ser a segunda vez que faço isto na minha vida...não está mal...Espero!)

Se ela lá estiver, está decidido, vou dar-lhe o papel.

Voltei à Fnac. Olhei para o sitio onde costumava estar e não a vi!

Uf ...Não está! – respirei de alivio por ela lá não estar. Isso significava que não tinha de enfrentar o meu medo, nem uma recusa dela.

Dei dois passos e dou de caras com ela!

Ela reconhece-me (Três vezes num dia...E ra dificil não reconhecer, não é!)

(eu sei que isto se está a tornar ridiculo... Mas pensem quantas coisas fizeram na vida, das quais se arrependeram e quantas mais se arrependeram de não ter feito?
Só posso dizer que nem boa ideia me parecia, mas estava decido a fazê-lo! Bem quase...)

Durante mais uma meia hora, decido dar e não dar o papel pelo menos quinhentas vezes!

O coração batia nos seus 140 (não limitados electrónicamente) de ansiedade. Por dez vezes decidi ir emborae outras tantas ficar...

Após meia hora, aproximo-me dela! Decido, não decidir e esquivei no último segundo! ( a esta altura ela já devia ter percebido que estava, nem era a controla-la, mas que tinha alguma intenção com ela...Assim acho!...Ok! Isto ainda torna tudo mais ridiculo, não?

Nesse desvio, sou apanhado pelo elemento final desta comédia (ou tragédia?) acabo por agarrar num disco de Jack Johnson (sim acabei por comprar duas coisas a mais para falar com ela...) que já andara indeciso para comprar antes...

Dirijo-me a uma das novas caixas self-service, onde ela surge para ajudar.

Em poucas palavras, mas profissionais explica-me o funcionamento da máquina...e no meu cerebro só penso...sim ou não?

O meu coração acelerou a barida para 350, a minha temperatura subira para 100 graus...era o momento da verdade... ou dava o bilhete ou corria...

– Desculpe, uma pergunta: Se eu lhe der um número de telefone, vai utiliza-lo?

– Desculpe, mas provávelmente, não!

– OK! Mas aceite-o de qualquer modo!( estendi-lhe o papel entre dois dedos de uma mão, que ela agarrou e guardou no seu bolso)

Engoli em sêco, virei as costas e fui-me embora...

Mas quanto tempo perdeu a olhar para ele...nenhum ...acho!

De certeza que não vai telefonar...mas...

Foi uma nega!

Mas o facto é que senti-me realizado...bem não é realizado!...

É mais: Consegui!

Foi uma nega, mas por uma boa causa!

– Cresci um pouco mais...perdi um pouco o medo...da próxima serei mais descontraido...

Talvez...talvez não!

Como um grande amigo disse uma vez:

”Vais levar mil negas e terás de levas-las ...até ao momento em que vais haver um sim! É assim que as coisas funcionam”

Moral da História:

– Ela era bonita, e etc. (Não é moral da história, mas no momento em que escrevi isto já não havia sitio para pô-lo)

– Espera o Milagre, mas não contes com ele!

– Uma nega é só uma nega!

– Ainda faltam 999 negas para o sim! Trata de as conseguir!

– A Coragem é essencial para tomar a decisão!

– A Estupidez é necessária para não termos conciência do que estamos a fazer!

- Continua a tentar!

-Tenta não cometer os mesmos erros!

sábado, fevereiro 11, 2006

O Tigre e as Leoas

Tradicionalmemente o homem sempre se reviu nos animais que o rodeavam...

Na sua força na sua astúcia, ou mesmo na sua mais pérfida natureza, como emissários de um mal qualquer.

Mas também reviu neles os seus desejos, carnais ou outros.

Eu revejo-me no Tigre!

Poderoso, persistente, sorrateiro, inteligente, timido...

Ataca a sua presa quando menos esta espera, após persegui-la implacávelmente.

É um animal individualista, mas protector da sua familia.

Parco nos seus movimentos, mas extremamente eficaz neles.

É um assassino! Mas só o faz por necessidade.

Talvez a comparação com este animal seja a mais próxima do que eu sou.

Sou timido, sorrateiro, poderoso quando tenho de ser!

Implacável na minha busca!

Individualista!

Mas não sou um Tigre.


Por outro lado existem as Leoas.

São as mães, baby-sitters, as caçadoras, as “Defensoras do Reino”.

Tenazes, persistentes, temerárias!

O seu forte é caçar em grupo!

Não se aproximam da presa sem esta saber! Esta só não sabe onde estão!

São irredutíveis e implacáveis!
São máquinas de matar!

Estas Leoas são a comparação mais próxima das mulheres que gostaria de ter na minha vida!

De carácter forte e doce, capazes da fúria e da calma!

Defensoras do seu espaço!

Desprezam o sorrateiro e o timido.

Mas que glorificam os ostensivos leões, cujo rugido se ouve a milhas...

E no entanto, não são Leoas!


Por tudo, estas duas espécies nunca se irão cruzar...as suas formas de vida são diferentes!


Não ligam!


Leões e Tigres têm habitats próprios e não se misturam!

Em cativeiro criou-se uma nova espécie, resultado de um cruzamento.

É uma espécie maior, mais poderosa do que ambas!

Assim no campo das possibilidades tudo é possível.


Mas será que este “Tigre” conseguirá alguma vez encontrar a sua “Leoa”?

A resposta é...

Não!

Espécies diferentes!

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Casamento ou União

Recuso-me a aceitar um casamento Homosexual.
Mas só pela palavra CASAMENTO.

De resto eles ou elas, podem registar a sua união no cartório como quaisquer outras pessoas, independentemente das suas inclinações ou afeições.

Mas não gosto de vestidos de Noiva em Casamentos Homosexuais ou Fraques ou da palavra Casamento ai misturada!

O que o Casamento representa como conceito, é, a meu ver, um Direito Fundamental de qualquer cidadão. Seja Homo ou heterosexual!

Mas como Conceito e Ritual, é, em primeiro lugar, resultado de um dogma milenar de uma das Grandes Igrejas do Mundo (acho que um dogma partilhado por quase todas as grande religiões).

Em segundo lugar, o significado atribuido por uma imensa comunidade religiosa a esse Conceito e Ritual, retira a palavra Casamento do âmbito das Uniões Homosexuais!

A Cerimónia Religiosa, a Benção do Padre, o apadrinhamento tem significados que, para a maior parte das pessoas, está esquecido! Sobretudo pela repetição de actos sem conhecermos a usa verdadeira face.

Essa ausência de significado faz com que se pretenda transportar um ritual para um âmbito desasjustado.

O que significa a Hóstia?

E o Vinho?

Qual o Papel dos Padrinhos?

Ou das Alianças?

Tudo isto tem um significado ( confesso que não sei muitos dos que aqui refiro), mas sei que há quem os saiba e o que representam!

Esta alteração e adaptação forçada, é a meu ver, a violação de uma integridade ritual que deveria ser quase intocável, a bem do bem estar geral, e dos Católico em particular.
Deveria ser respeitado na sua integra porção!

No entanto não podemos, nem devemos negar o direito à união!

O movimento Gay utiliza a palavra (casamento) e o ritual como uma espécie normalização! De que o Casamento, de que tudo isto (as uniões) é normal!

E de certo modo têm razão!

É normal que, quando se gosta, se queira afirmar essa união perante a Sociedade.

Só não concordo é na forma.

O caso das duas Senhoras portuguesas que queriam “Casar” pelo Registo Civil é exemplificativo.
Deviam ter-se “casado”, pela lei e pelo senso comum, mas:

- A lei devia ser cega perante este factos, mas não é;

- Pelos vistos não estamos (o Estado) preparados para assumir certas coisas;

- Se duas pessoas gostam uma da outra, quem é o Estado para impedir a sua união oficial?

Sobretudo porque pela sua União, nem beneficiam nem prejudicam ninguém, senão a eles/elas próprios/as?


Resumindo sou contra Casamentos Homosexuais e a favor de Uniões Homosexuais, registadas em cartório!


E agora desejo Comentários a esta posição! (porque estou enregelado a escrever isto!)